ROBSON, NOSSO SEMINARISTA E IRMÃO.

ROBSON, NOSSO SEMINARISTA E IRMÃO.

Há uma semana fomos tristemente surpreendidos com o falecimento do nosso seminarista Robson. Neste domingo celebraremos por ele em todas as Missas e Celebrações da Palavra pedindo ao Pai de Misericórdia que o acolha junto de seus santos e anjos na morada eterna. O tempo vai lentamente passando e no nosso coração dolorido, vamos criando espaço para a esperança e para as boas recordações.

Robson veio trabalhar conosco no início de 2013 para realizar seu estágio pastoral, a partir das necessidades da paróquia e de suas aptidões. Pedimos a ele que assessorasse as pastorais da acolhida e da comunicação e acompanhasse a comunidade Santo Antonio, além de participar do Conselho Missionário, do Conselho Paroquial e cerimoniar as celebrações solenes e festivas.

Rapidamente se adaptou à caminhada paroquial e, logo, fez-se companheiro e irmão, um de nós.

Robson gostava das pessoas, visitava os enfermos e famílias necessitadas, tratava a todos com carinho.

Aproximou-se da Pastoral da Juventude, sobretudo quando preparamos a JMJ e dela participamos e, depois, deu suporte ao trabalho com os jovens.

Sempre atendeu com disponibilidade aos convites para palestras e vários grupos pastorais, e ,por vezes, pregou nos nossos grupos de oração, já que desenvolveu sua caminhada de fé na Renovação Carismática Católica, além de celebrar a Palavra nas comunidades quando era escalado. Todos comentavam sua clareza e fé, sua firmeza e convicção e eu testemunho como preparava cada atividade desta com esmero e zelo.

Robson veio fazer pastoral, e foi pastor. Em todas as atividades foi à frente do grupo a ele confiado, com clareza e lucidez conduzia com atitude firme e generosa e sabia aonde chegar.

Foi no meio do rebanho, foi companheiro e fez inúmeros amigos. Foi atrás, na consciência de que era um servidor das pessoas e, no espírito missionário, sempre se preocupou com as ovelhas afastadas.

Admirava-me o seu entusiasmo, seu sorriso e seu peito aberto, enfim era pastor e queria ser pastor.

Comigo sempre foi respeitoso e irmão, um irmão mais novo. Sempre queria mais, conversávamos muito, e seu desejo de melhorar o trabalho de evangelização fazia com que ele desse sugestões, criasse projetos novos. Sua presença junto a PASCOM, por exemplo, foi decisiva para o seu desenvolvimento. No campo da missão criava atividades com a comunidade Santo Antonio para marcar a presença da Igreja em espaços antes não alcançados. Seu empenho era tão intenso que, às vezes, eu lhe pedia para ir mais devagar.

Outro aspecto que me chamava a atenção no Robson era sua gentileza com as irmãs de Jesus na Eucaristia. Nos nossos almoços dominicais na casa das irmãs, ou no sábado à noite após a missa, conversávamos muito e ele se encantava com as histórias de nossas atividades no interior do Brasil, e me confidenciava sua admiração e seu desejo de ser missionário.

Robson foi, entre nós, irmão, amigo e pastor. Pastor inquieto como convém aos jovens.

O que aqui narrei e testemunhei no dia da missa (Linda Missa) de corpo presente não é nada mais do que relatei aos seus formadores no final do ano passado, portanto não é um discurso complacente comum diante de alguém que faleceu , mas é o que eu sinto como verdade.

Aproveito para louvar a Deus pela presença maciça de nossos paroquianos na noite de segunda feira, madrugada de terça-feira e nas celebrações exequiais da terça. Fiquei muito feliz por ver quase todos os nossos, fazendo a mais bonita experiência cristã, a do Amor Solidário.

Por fim, quero deixar registrada minha profunda compaixão com a mãe do Robson, Dona Regina, e com toda sua família. Eles sabem que podem contar conosco. Minha solidariedade com todos os seminaristas e com o corpo de formadores que foram impecáveis em tudo, demonstrando sua fé e seu carinho.

Lamentamos a morte do Robson. Pena que ele não chegou ao presbiterado, mas cremos que Deus lhe concederá a Graça de celebrar no céu a Liturgia Eterna.

Descanse em Paz!

Pe. Mauro Ferreira