O Aldeamento de Barueri

Os aldeamentos no século XVI tinham por objetivo reunir os indígenas espalhados numa região para instruí-los e catequizá-los. Foi uma iniciativa dos jesuítas e da Coroa Portuguesa. Neles havia, geralmente, um colégio, um convento, uma Igreja e ao redor, as moradias dos indígenas.

Em 1557 Jerônimo Leitão doou aos jesuítas (provavelmente à Anchieta) uma fazenda em Barueri para ser erguido um novo aldeamento. Por volta de 1560, Anchieta teria trazido 600 (seiscentos) indígenas Guaicurus e Guaianazes para povoar o aldeamento que foi “inaugurado” com uma Missa no dia 21 de Novembro de 1560.

A Ação dos jesuítas incomodou os senhores de terras e políticos que, por varias vezes, atacaram o Aldeamento com o objetivo de escravizar os índios. O Aldeamento foi se enfraquecendo.

Em 1609 o Padre José de Almeida chegou ao Aldeamento trazendo mais de 1500 carijós fugidos de Cananéia, devido a ataques de tribos rivais. O Aldeamento floresceu.

Em 1563, porém, a mando dos camaristas, Antônio Raposo Tavares comandou a destruição do Aldeamento de Barueri. Tudo ficou abandonado. Depois da expulsão dos jesuítas em 1733, a capela, convento e colégio passam à Administração dos carmelitas.

No século XIX tudo estava destruído, menos a fé do povo, a Imagem e os frutos da heroica evangelização.