Encontro Diocesano estuda tema da CF 2014

Realizou-se neste sábado, 8 de fevereiro, a Formação Diocesana da Campanha da Fraternidade 2014. A assessoria foi feita por Dalila Eugênia Maranhão Dias Figueiredo, advogada, assistente social e ativista dos direitos humanos. O encontro aconteceu na Casa de Retiro Imaculado Coração de Maria em Ibaté e teve a participação de cerca de 300 pessoas.

Pe Mauro Ferreira, Dalila Eugênia, Dom Ercílio Turco, Pe Vagner

Entre os participantes estavam padres, religiosos(as) e paroquianos da diocese. Participou também da formação, o bispo D. Ercílio, Monsenhor Claudemir e estava representado o Conselho Tutelar de Osasco, que assim como os demais conselhos das regiões, foram convidados oficialmente pelo Pe Vagner João Pacheco de Moraes, assessor Diocesano da Campanha da Fraternidade.

Baseado no texto-base da Campanha da Fraternidade (CF) o encontro abordou o tema proposto para este ano de 2014: “Fraternidade e Tráfico Humano”. O principal objetivo foi a conscientização da existência dos diversos tipos de tráficos presentes na sociedade, retratados inclusive, no cartaz de divulgação da CF: mão-de-obra escrava, comercialização de órgãos, exploração sexual, tráfico de crianças.

Dalila Eugênia falou sobre a importância do engajamento do Ministério da Justiça e os resultados da Campanha da Fraternidade, à partir de ações concretas. E destacou que, muitas vezes, o preconceito enfrentado pelo Poder Público e pela sociedade é o que leva a pessoa a ser vitima de trafico, “acolher a vitima de trafico não é favor, é direito”.

O tráfico humano é uma forma de violência escondida porque as pessoas são enganadas e ameaçadas. Ele se aproveita de sua situação de vulnerabilidade e do bem mais precioso do ser humano, o seu sonho.

Ela ainda aponta o Brasil como um país com 3 eixos do tráfico: origem (aliciamento de pessoas), trânsito (passagem das vítimas) e destino (execução de trabalhos escravos).
Diferente do que se costuma dizer, os Direitos Humanos não é defensor de criminosos, mas da vítima do crime. Ser um “defensor dos direitos humanos é ser defensor do respeito à dignidade humana”, declara.

Ao final do encontro, Pe Eduardo Gonçalves, falou sobre o trabalho desenvolvido com a comunidade boliviana em Carapicuíba. Juntamente com seus colaboradores, o padre tem conseguido além da evangelização, dar suporte às demais necessidades das famílias: saúde, alimentação, orientação judicial, etc.

No entanto, ele diz que ainda existe muito a ser feito e para isso conta com a contribuição de todos, no que diz respeito inclusive, a outras comunidades bolivianas existentes na diocese de Osasco. A maior necessidade, no momento, é encontrar “pessoas que falem o idioma espanhol e que não tenham medo da pobreza”.

“É para Liberdade que Cristo nos Libertou” Gl 5,1 (Lema CF 2014)

Meire Elaine

Fonte: http://www.diocesedeosasco.com.br/noticias/